11 julho, 2011

O Espelho

Vejo espelhada a minha cara, presenteio-me perante uma imagem rugosa, exactamente como sou, não a quero continuar a ver… Ele não se engana, é o que mais autêntico pode haver neste mundo, não teme represálias pela pureza da sua sinceridade, nunca! Talvez seja isso o que mais me irrita nele. É por isso que não quero continuar a ver… Que corpo cansado será aquele? – gosto bastante de mim para apenas dizer que é um corpo qualquer – é o meu corpo, talvez cansado e disforme, mas é o meu corpo! E não quero continuar a ver! Será que nem por um breve instante ele se distrai? , parando só um segundo de me perseguir?

Ele atormenta-me, por isso não quero continuar a ver, tenho medo de me conhecer…